03/08/2023 às 03h56min - Atualizada em 03/08/2023 às 03h56min

Festival de arte urbana em Manaus celebra cultura e legado dos povos originários

A 8ª edição do CURA - Circuito Urbano de Arte acontece pela primeira vez na capital do Amazonas e promove conexão com a arte indígena

Casa Vogue Globo
Sueli Maxacali para Cura - Circuito Urbano de Arte — Foto: Pri Musa

Entre 02 e 12 de agosto, O CURA - Circuito Urbano de Arte marca presença pela primeira vez em Manaus (AM). Em sua 8ª edição, o evento reafirma seu compromisso com o legado artístico dos povos originários ao realizar o CURA Amazônia, que homenageia três grandes artistas indígenas e amazônicos: Denilson Baniwa, Olinda Silvano e Jaider Esbell, que faleceu em 2021.Durante os 11 dias de evento, dois murais, com uma área total de quase 800 m², ocuparão o Centro de Manaus – Denilson Baniwa fará a obra Piracema na empena do edifício Rio Madeira, de 394 m², enquanto Olinda Silvano irá pintar a obra Cosmo e energia amazônica na empena do edifício Cidade de Manaus, com 396 m².
Nascido em uma comunidade do povo Baniwa, no município de Barcelos (AM), Denilson Baniwa já expôs seus trabalhos em importantes espaços artísticos do Brasil, como o CCBB, a Pinacoteca de São Paulo, CCSP, Centro de Artes Hélio Oiticica, Museu Afro Brasil, MASP e MAR, além de locais na França, Canadá e EUA. Olinda Silvano, peruana de 55 anos, é uma artista, tecelã e muralista amazônica. Com uma trajetória de mais de 30 anos e reconhecimento internacional, Olinda é uma das lideranças do povo Shipibo e, através da arte kené, tem conseguido preservar o saber ancestral de seu povo originário, que fica na comunidade de Cantagallo, em Lima.
Para completar, o CURA Amazônia trará uma obra bastante conhecida pelos moradores de Belo Horizonte, cidade que sediou as últimas sete edições do evento: a instalação 
Entidades. A obra conta com autoria de Jaider Esbell e ocupará o Largo São Sebastião, uma praça cercada por árvores e prédios históricos. A escultura é inspirada na simbologia do povo Makuxi, sendo uma representação da figura da "Cobra Grande", a grande avó universal segundo a etnia.
Natural da Normandia, região hoje demarcada como Terra Indígena Raposa Serra do Sol, Jaider Esbell era um dos principais nomes da 
arte indígena contemporânea, tendo prêmios na literatura, nas artes visuais e no cinema. Trabalhos individuais e coletivos, tanto no Brasil quanto no exterior, marcaram a trajetória do artista, que criou a primeira galeria de arte exclusivamente para obras de arte indígena contemporânea em Boa Vista (RR).
 


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