30/11/2023 às 15h05min - Atualizada em 30/11/2023 às 15h05min

Melasma: epidemia brasileira

Farmacêutica, esteta e cosmetóloga amazonense, Natasha Mayer dá dicas de como tratar a condição clínica que acomete 35% das mulheres brasileiras

Divulgação
Caracterizado por manchas de coloração escura, que aparecem com mais frequência na região da face, o melasma está entre as queixas dermatológicas mais comuns das mulheres do país. Conforme estimativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 35% da população feminina do Brasil sofre com a hiperpigmentação da pele, caracterizando uma epidemia da doença.
A farmacêutica, esteta e cosmetóloga amazonense Natasha Mayer compartilha algumas informações sobre a condição clínica, que aumenta sua intensidade caso não haja tratamento e costuma surgir após os 30 anos de idade.
“É causado por uma reação de proteção do corpo. Quanto mais a pessoa se expõe a fontes de agressão (calor, sol, produtos químicos), mais o corpo aciona o gatilho para produção de melanina para tentar cobrir a área agredida. Outra forma de surgimento é por desequilíbrios hormonais, muito mais comum em mulheres, tanto pelo período da gravidez quanto pela menopausa. Nesse caso, além de cremes e protocolos clareadores, o tratamento deve incluir modulação hormonal”, explica a CEO da Pharmapele Manaus (farmácia de manipulação especializada em Dermocosméticos).
Conforme Natasha – que também responde como presidente da Comissão de Farmácia Magistral do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Amazonas (CRF/AM) –, alguns fatores facilitam o surgimento da doença. 
“Excesso de exposição solar sem proteção ou com proteção inadequada, alimentação rica em agentes oxidantes (industrializados), alterações hormonais (principalmente em mulheres), fumo, exposição a agressões químicas e/ou mecânicas (peelings inadequados) e fontes de calor constante”, lista a Mestre em Engenharia de Produção, especialista em nanotecnologia cosmética e em desenvolvimento de cosméticos naturais, tecnológicos e orgânicos.
Tratamento
Embora haja uma crença de que a condição clínica não tem cura, Natasha destaca que o tratamento contínuo pode sim eliminar o melasma, desde que o indivíduo esteja ciente de que há possibilidade de retorno se voltar a se expor às agressões.
Segundo a farmacêutica, o primeiro passo é o uso obrigatório do protetor solar, observando a quantidade adequada, o fator de proteção e a reaplicação. Além disso, hoje existem diversas substâncias e procedimentos para diminuir a formação do melasma, a exemplo dos peelings – tratamentos que consistem na remoção das primeiras camadas da pele para estimular sua renovação. 
“Em se tratando de peelings para melasma, nem todas as substâncias são indicadas, pois algumas irritam o melanócito (célula que produz melanina). Por isso a importância de escolher profissionais qualificados. Quando feitos por profissionais de excelência, com o devido preparo da pele e o pós-procedimento correto, oferecem resultados excepcionais, não apenas para melasma, como também para cicatrizes, acne e rugas”, elucida, salientando que a própria Pharmapele possui protocolos e fórmulas inovadoras no tratamento oral e tópico do melasma, tanto para clínicas como para o paciente utilizar em casa.
Conforme Natasha, o maior inconveniente do melasma é o desconforto estético, mas vale observar atentamente todo tipo de mancha que aparece para evitar o desenvolvimento de um câncer de pele. “Melasma não é uma mancha perigosa, mas o risco é confundir um câncer de pele com uma mancha comum e negligenciar seu tratamento. Por isso, deve-se sempre consultar seu dermatologista caso apareçam manchas na pele”, enfatiza.

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