05/09/2023 às 02h55min - Atualizada em 05/09/2023 às 02h55min

Innatus Hub reúne mulheres empreendedoras

Lideranças, empreendedoras e gestoras têm encontro marcado nesta terça-fera, 05 para novas conexões e network

Divulgação

Se há algo mais forte e promissor no mercado do que a ‘marca’ Amazônia, são os negócios criados ou liderados pelas mulheres amazônicas. Em busca de cada vez mais força, o ecossistema de mulheres empreendedoras vai se reunir, nesta terça-feira, 05/09, a partir das 18h na VB92 (Venture Builder), para novas conexões, integrações e troca de experiências.

O ‘Encontro Innatus de Mulheres Amazônidas’ tem o comando da multiprofissional Olinda Marinho, que vem se destacando no mercado local com sua expertise em Comércio Exterior. Ela destaca que esta e outras ações podem ajudar a mudar o cenário da diversidade de gênero no ambiente dos negócios. “Existem alguns fatores que podem explicar essa diferença de gênero no ecossistema de inovação e negócios. Um fator é a falta de oportunidades para as mulheres. Muitas vezes, as mulheres enfrentam barreiras de acesso à educação, à tecnologia e ao financiamento. Outro fator é a falta de representatividade feminina em posições de liderança. As mulheres ainda são minoria nos conselhos de administração e nas diretorias das empresas”, comenta.

Segundo Marinho, a realidade do ecossistema de inovação e negócios no Amazonas é semelhante à do restante do Brasil, com uma presença masculina majoritária. “As mulheres representam apenas 20% dos empreendedores inovadores no Brasil. No Amazonas, essa proporção é um pouco maior, com as mulheres representando 30% dos empreendedores”, diz, referindo-se ao estudo realizado pela Rede Mulher Empreendedora.
Durante o encontro, alguns cases serão apresentados, como o gin Amazônico, Hilary, criado e comandado apenas por mulheres. Uma ação de degustação da bebida criada em Manaus acontecerá durante o evento.

Para Olinda Marinho, o mercado já está começando a gerar mais oportunidades para as mulheres e encontros como este podem fomentar melhores conexões entre empresas femininas e gerar maior impacto social. “As empresas geridas por mulheres estão se tornando cada vez mais comuns no mercado. De acordo com um estudo do Sebrae, em 2022, as mulheres representavam 34% dos donos de negócios no Brasil. Esse número vem crescendo nos últimos anos, e é esperado que continue crescendo no futuro”, disse.

Veja a entrevista completa com a especialista em turismo, comercio exterior e empreendedorismo:

ENTREVISTAOlinda Marinho

1) Ecossistema de inovação e negócios, no geral, é, historicamente, muito masculino. Qual a realidade no Amazonas?

Olinda Marinho: A realidade do ecossistema de inovação e negócios no Amazonas é semelhante à do restante do Brasil, com uma presença masculina majoritária. De acordo com um estudo realizado pela Rede Mulher Empreendedora, as mulheres representam apenas 25% dos empreendedores no país. No Amazonas, essa proporção é um pouco maior, com as mulheres representando 30% dos empreendedores.

Essa diferença de gênero se reflete também no ecossistema de inovação. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), as mulheres representam apenas 20% dos empreendedores inovadores no Brasil. No Amazonas, essa proporção é um pouco maior, com as mulheres representando 25% dos empreendedores inovadores.

Existem alguns fatores que podem explicar essa diferença de gênero no ecossistema de inovação e negócios. Um fator é a falta de oportunidades para as mulheres. Muitas vezes, as mulheres enfrentam barreiras de acesso à educação, à tecnologia e ao financiamento. Outro fator é a falta de representatividade feminina em posições de liderança. As mulheres ainda são minoria nos conselhos de administração e nas diretorias das empresas.

Apesar dos desafios, existem algumas iniciativas no Amazonas que estão trabalhando para aumentar a participação das mulheres no ecossistema de inovação e negócios. Um exemplo é o projeto "Mulheres de Negócios", realizado pelo Sebrae Amazonas. Esse projeto oferece capacitação e apoio às mulheres empreendedoras.

Outro exemplo é o projeto "Fábrica de Startups", realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). Esse projeto oferece financiamento e mentoria a startups, incluindo startups fundadas por mulheres.

Ações como essas são importantes para aumentar a participação das mulheres no ecossistema de inovação e negócios do Amazonas. Com mais oportunidades e representatividade, as mulheres poderão contribuir de forma significativa para o desenvolvimento econômico e social da região.

2) Você possui bastante notoriedade por trabalhar com comércio exterior. E, sendo mestre em turismo, considera a Amazônia a grande marca promissora para negócios atualmente?

OM: Sim, a Amazônia é uma grande marca promissora para negócios atualmente. A região possui um grande potencial econômico, com recursos naturais abundantes, biodiversidade única e cultura rica e diversificada.

No comércio exterior, a Amazônia pode ser uma fonte importante de exportação de produtos e serviços, como agronegócio, já que a Amazônia é uma das principais regiões agropecuárias do Brasil, com produção de soja, milho, arroz, frutas, legumes e verduras; mineração e turismo.

No turismo, a Amazônia tem um potencial de crescimento ainda maior se explorarmos o TBC - Turismo de Base Comunitária alinhados ao Comercio Exterior, em especial a exportação. O tema da minha dissertação de mestrado realizado na UnivalI é "O turismo como avancador da Balança Comercial do Amazonas - Foco Exportação. A região é um destino turístico ainda pouco explorado, com grande potencial para atrair visitantes de todo o mundo e atrelar às exportações. Acredito que a Amazônia tem um grande potencial para negócios, principalmente no setor do turismo. A região possui uma biodiversidade única no mundo, com uma rica fauna e flora, além de uma cultura milenar. Isso a torna um destino atraente para turistas de todo o mundo.

De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), o turismo na Amazônia cresceu 7,4% em 2022, em comparação com o ano anterior. Esse crescimento é impulsionado por diversos fatores, como a crescente conscientização sobre a importância da preservação ambiental, o aumento da renda média das pessoas e o desenvolvimento de novas tecnologias de transporte e comunicação.

O turismo na Amazônia pode gerar diversos benefícios para a região, como a geração de empregos, o aumento da renda e o desenvolvimento econômico. Além disso, pode contribuir para a preservação da biodiversidade e da cultura local.

No entanto, é importante ressaltar que o turismo na Amazônia deve ser desenvolvido de forma sustentável, para evitar impactos negativos ao meio ambiente e às comunidades locais. O governo e a iniciativa privada devem trabalhar juntos para desenvolver um modelo de turismo que seja benéfico para todos.

No meu trabalho com comércio exterior, tenho visto um aumento no interesse de empresas estrangeiras em investir na Amazônia. Isso ocorre por diversos fatores, como a disponibilidade de recursos naturais, a mão de obra qualificada e a proximidade com os mercados da América Latina.
O comércio exterior pode ser um importante motor de crescimento econômico para a Amazônia. As empresas estrangeiras podem trazer novas tecnologias e investimentos, o que pode ajudar a desenvolver a região e criar empregos.

Em resumo, acredito que a Amazônia tem um grande potencial para negócios. O turismo e o comércio exterior são duas áreas que podem gerar diversos benefícios para a região especuialmente por conta dos 17 objetivos da ONU e o cumprimento do ESG - Ambiental, Social e Governamental. Sim, acredito que a Amazônia é uma grande marca promissora para negócios atualmente. A região possui um enorme potencial econômico, com uma rica biodiversidade, recursos naturais abundantes e uma cultura diversificada.

Como mestre em turismo, acredito que a Amazônia tem um grande potencial para se tornar um destino turístico de classe mundial. A região possui uma natureza exuberante, com florestas, rios, praias e montanhas. Além disso, a Amazônia abriga uma cultura rica e diversificada, com povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos.

O turismo pode ser um importante motor de desenvolvimento econômico para a Amazônia, gerando empregos e renda para a população local. Além disso, o turismo pode ajudar a preservar o meio ambiente e a promover a cultura da região. No entanto, é importante destacar que a Amazônia enfrenta alguns desafios para desenvolver seu potencial econômico.

3) Como você vê o comportamento das empresas geridas por mulheres atualmente no mercado?

OM: As empresas geridas por mulheres estão se tornando cada vez mais comuns no mercado. De acordo com um estudo do Sebrae, em 2022, as mulheres representavam 34% dos donos de negócios no Brasil. Esse número vem crescendo nos últimos anos, e é esperado que continue crescendo no futuro.

As empresas geridas por mulheres têm características e comportamentos próprios. Elas costumam ser mais focadas em pessoas, com uma cultura mais colaborativa e inclusiva. Também são mais propensas a adotar práticas sustentáveis e socialmente responsáveis.

Esses fatores podem levar a uma série de benefícios para as empresas geridas por mulheres. Elas costumam ter uma taxa de sobrevivência mais alta do que as empresas geridas por homens. Também são mais propensas a ter um crescimento mais rápido e a gerar mais empregos.
Além disso, as empresas geridas por mulheres podem contribuir para uma economia mais justa e inclusiva. Elas podem ajudar a quebrar o teto de vidro e a promover a diversidade no mercado de trabalho.

4) Conectar mulheres empreendedoras ajuda a fortalecer uma rede de apoio em torno do trabalho feminino. Você considera esse cenário atual propício para que as mulheres elevem suas participações em negócios ou a criação de novas empresas? Ou, o que falta?

OM: Sim, acredito que conectar mulheres empreendedoras é uma maneira importante de fortalecer uma rede de apoio em torno do trabalho feminino. Isso pode ajudar as mulheres a compartilhar experiências, ideias e recursos, e a criar oportunidades de colaboração e crescimento.
O cenário atual é propício para que as mulheres elevem suas participações em negócios ou a criação de novas empresas. Existem cada vez mais programas e iniciativas que apoiam o empreendedorismo feminino, e as mulheres estão tendo mais acesso à educação e ao capital.

No entanto, ainda há desafios que precisam ser superados para que as mulheres tenham as mesmas oportunidades de sucesso no mundo dos negócios. Entre os principais desafios, estão:

Preconceitos e discriminação: As mulheres ainda enfrentam preconceitos e discriminação no ambiente de negócios, o que pode limitar suas oportunidades de sucesso.

Responsabilidades domésticas: As mulheres, em geral, assumem mais responsabilidades domésticas e de cuidados com os filhos, o que pode dificultar o seu envolvimento com os negócios.

Para superar esses desafios, é necessário promover políticas públicas que incentivem a equidade de gênero no mundo dos negócios. Essas políticas devem incluir ações de promoção da equidade de gênero; apoio às mulheres empreendedoras e educação e sensibilização.

Acredito que, com o apoio adequado, as mulheres podem desempenhar um papel ainda maior na economia e na sociedade. o cenário atual é propício para que as mulheres elevem suas participações em negócios ou a criação de novas empresas.

SERVIÇO:
O QUE: ‘Encontro Innatus de Mulheres Amazônidas’
QUANDO: 05 de setembro (terça-feira)
ONDE: VB92 Venture Builder: Rua Henrique Martins, 539 – Centro – 1º Andar
QUANTO: Grátis
 
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