Populares foram impedidos por PMs de socorrer jovem jogado de ponte por policial
O jovem que foi gravado sendo arremessado de uma ponte por um policial militar após uma abordagem na noite de domingo (1º), no bairro Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, foi encontrado ensanguentado e desnorteado ao sair do córrego, relatando ter batido com a cabeça. Ele caiu de aproximadamente três metros de altura após ser jogado por um policial. Segundo testemunhas, os agentes impediram que moradores prestassem socorro.
De acordo com informações de moradores ouvidas pelo portal Uol, cerca de 15 pessoas tentaram ajudar o jovem, mas foram impedidas pelos policiais. "Mas os policiais não deixaram. Eles mandaram todo mundo sair", contou um dos moradores.
O registro policial informa que o jovem estava conduzindo uma moto sem placa e foi perseguido por cerca de dois quilômetros após uma abordagem em Osasco, na Grande São Paulo. No entanto, a ocorrência não menciona que ele foi arremessado da ponte após a interceptação pelos policiais.
Uma testemunha relatou: "Ele saiu do córrego, subiu um morro e depois desceu pela escadinha. Estava todo sujo e com a cabeça sangrando. Veio cambaleando e estava desnorteado. Perguntamos: 'de onde você é?'. Ele nem conseguia responder. Falou só que tinha batido com a cabeça".
O jovem foi socorrido por um amigo que o levou até um hospital usando outra moto, conforme relatos de testemunhas.
Na hora do incidente, um baile funk acontecia no local e, durante a perseguição, a viatura policial não conseguiu seguir o jovem devido ao número de pessoas na rua. Em seguida, cinco equipes da Rocam, unidade de patrulhamento da PM com motos, se envolveram na ação.
A operação durou cerca de 30 minutos e moradores se queixaram da agressividade dos policiais, tanto com o jovem quanto com os presentes no local. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, no entanto, informou que não recebeu denúncias sobre violência policial ou a proibição de socorro. "A Corregedoria [da PM] está à disposição para apuração de qualquer eventual conduta inadequada por parte de seus agentes", afirmou em nota.
COMENTÁRIOS